EM DIA COM A LITURGIA

 O ALTAR E SEU PODER DE COMUNICAÇÃO

DIRETÓRIO LITÚRGICO - UM ENCONTRO COM A COMUNHÃO NA IGREJA

"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles" (Mt 18, 20). Aqui está a expressão do Mistério celebrado na liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II. Esta renovação nós a desejamos sem ruptura, mas em sentido de continuidade.
Para uma maior comunhão entre a Igreja e compreensão dos mistérios que a Igreja celebra, é fundamental que as equipes de liturgia se mantenham em formação constante.

Clique na imagem abaixo e tenha acesso ao documento. 

diretório

A MISSA - CENTRO DA VIDA CRISTÃ - Em outras palavras, a Igreja ensina oficialmente que tudo o que se faz na Igreja deve conduzir o povo a participar do sacrifício de Cristo. 

 

altar

                                                O altar comunica,

 

                                    Vida,
                                             Graça,                                    Unidade,
                                                                   Solidariedade,
Fé,
                                        Convicção,
                                                                                                Ação.

            É o ponto central do Cristianismo e a homenagem máxima da criatura a seu criador. 

            A Religião será exatamente o que for seu altar.

            O altar portanto, é a expressão da vida religiosa.

            O altar, local sagrado, sacraliza quem dele se aproximar, tornando-o apto a propiciar bênçãos a quem junto dele louvar a Deus.

            “Tudo o que tocar o altar será sagrado”, disse o Senhor. (Ex. 20,24)

 

O ALTAR TEM FORÇA, QUANDO É MISTÉRIO 

            O altar é o ponto culminante da fé e da vida católica.

            No altar – o sacerdote com a participação do povo celebra o que de mais nobre existe na face da terra.

            No altar – o sacerdote emite em nome de Deus as mensagens da salvação.

            No altar – o sacerdote conduz o povo para os caminhos de Deus e para a fraternidade universal.

            No altar – as comunidades se encontram a cada semana e estimulam-se para o amor fraterno e reencontram-se com Deus.

            No altar o povo mora com Deus... e Deus mora com o povo.

            O altar é o mistério que faz Deus descer ao mundo e o muno subir a Deus. E neste intercâmbio do divino com o humano se estabelece o início do paraíso que todos sonham e desejam.

            Quando nos deslocamos de nossas casas para ir à Igreja cultuar a Deus e criamos um ambiente propício a receber as mensagens de Deus.

            Se a Igreja, os sacerdotes e os leigos se utilizarem da força do altar, tanto quanto são capazes, transmitirão ao mundo, com notável eficiência, as mensagens de Cristo e o próprio Cristo.

 

 

CELEBRAÇÃO DO ENCONTRO

jesus e  o jovem

ENCONTRO DO HOMEM COM OS HOMENS E ENCONTRO DOS HOMENS COM DEUS

Jesus acaba de ser condenado à morte. Inocente vai pagar por crimes que não cometeu. Vai pagar pelos pecados que praticamos.

Seu corpo está ferido, pingando sangue. Machucado pela violência dos soldados de Pilatos. De fato Pilatos tinha mandado dar algumas chicotadas na carne de Jesus. Homem ferindo homem.

Desfigurado, vítima de agressões e da prepotência dos homens, Jesus com a cruz às costas, põe-se a caminho do lugar de sua morte.

Nas ruas de Jerusalém há grande agitação. Pessoas de tantos lugares, conversando sobre diversos assuntos. Por entre elas vai passando Jesus: um farrapo humano!

Olham curiosas e perguntam umas às outras: “Quem é esse aí? O que será que ele aprontou?” Outras, nem lhe dão confiança! Indiferentes, continuam preocupadas com seus interesses, fechadas no seu pequeno mundo. Desconhecem que esse homem, suado e cambaleante, é o Salvador delas e nosso.

Não é ingratidão isso?!O divino Salvador passa ao nosso lado e não fazemos caso dele.

REFRÃO

A QUEM JESUS ENCONTRA NO CAMINHO DO CALVÁRIO?

Jesus encontra-se com Simão, o Cirineu. Na verdade os soldados o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. Simão se aproxima. Robusto, acostumado aos pesados trabalhos do campo, Simão pega firme sua cruz e suaviza os sofrimentos do Homem das dores.

_ Dor partilhada dói menos!

Simão:

_ descansa os ombros esfolados do Senhor;

_ liberta as mãos que tantas vezes tinham abençoado;

_ alivia os pés doloridos do Missionário incansável.

Simão ajuda um homem a carregar sua cruz: é o homem colaborando com Deus na redenção do mundo!

Todo cristão está intimado a ajudar os outros a levar a cruz:

_ partir e repartir o pão;

_ orientar os desnorteados;

_ prevenir as doenças;

_ fazer agradável companhia aos doentes;

_ acolher os abandonados. (REFRÃO)

Ao longo do seu trajeto, Jesus encontra-se com um grupo de mulheres de Jerusalém.

São mulheres piedosas que provavelmente já conheciam Jesus. Algumas dessas talvez já tivessem sido curadas por ele; enfim tinham recebido dele algum benefício.

Elas, movidas de compaixão, choram e fazem sentidos lamentos por ele. Mas Jesus explica que elas não devem chorar por causa da sua morte. Ele, Jesus, vai levar o projeto do Pai até o fim. Não é por sua morte que devem chorar. Devem chorar diante das conseqüências de não aceitar o projeto de Deus: “chorai por vós mesmas e por vossos filhos!”(Lc 23,28)

(REFRÃO)

Quem mais Jesus encontra ao longo do caminho da morte?

Onde estão os discípulos?

Onde estão os apóstolos? Onde está o valente Pedro, que tinha prometido defender Jesus?

Onde estão os amigos?

O evangelista Lucas, ao narrar o momento dramático da crucifixão de Jesus, comenta: “Os seus amigos se mantinham à distância”

Assim, no meio de tanta gente, Jesus caminha só. Quase só. Para quebrar a solidão dessa dolorosa caminhada, eis que surge e vem ao seu encontro a Mulher que o tinha gerado, educado nos caminhos do Senhor e o havia acompanhado em sua difícil missão terrena: sua mãe, Maria.

É a mãe que vê o filho reduzido à condição de um condenado, batido, objeto de caçoadas, gozações baratas. A liturgia coloca nos lábios de Maria um amargo suspiro: “Digam-me vocês se existe dor maior que a minha!” (REFRÃO)

encontro

No encontro de Jesus com sua mãe, não há palavras. Há olhares e corações que se cruzam.

Há silêncios que falam mais que muitos discursos!

Maria não se desespera, não grita gritos sem sentido, não se revolta contra Deus. Ela sabe que através do sofrimento do seu filho os homens alcançarão a salvação: “Este é o sangue da Nova Aliança que será derramado por vocês”

Há pessoas que, no sofrimento, na dor, na morte de um ente querido, perdem o equilíbrio emocional e choramos inutilmente e acusamos a Deus pela maldade que existe no mundo!

No encontro, à semelhança de Maria, Jesus agüenta firme, não obstante as chagas que revestem todo o seu corpo. Ele é fiel ao Pai:”seja feita não a minha vontade, mas a tua, ó Pai”. Conhece na própria carne o preço da redenção da humanidade.

Não se rebela, não pára, não recua. Sua vida está nas mãos do Pai. Por isso, o encontro com Maria, sua mãe, não atrapalha, não impede sua marcha até o local do sacrifício.

Pelas estradas do mundo, Jesus continua presente na vida do homem sofredor:

_ Quando uma pessoa sofre injustiça porque seus direitos são violados;

_ quando uma multidão de irmãos morrem de fome;

_ quando muitos se vêem obrigados a buscar refúgio em barracos, sem a mínima condição de higiene;

_ quando milhares de crianças não conseguem entrar na escola e muitas outras que entram, não podem prosseguir os estudos por terem que trabalhar para ajudar a família a ganhar o pão;

_ quando tudo isso acontece, isto é, QUANDO O HOMEM SOFRE, É CRISTO QUE SOFRE NELE.

De nossa parte, caríssimos irmãos, até quando vamos permitir que esse quadro incômodo se instale no nosso meio?

O que vocês não fizeram a um desses pequeninos foi a mim que não o fizeram _ é a sentença de Jesus reservada para o fim. Mas que deve ser questionado desde hoje. (O que eu, você, o que a sociedade tem feito aos pequeninos?)

Somos convidados a conhecer a realidade que nos cerca. Como pessoas comprometidas com a causa de Jesus Cristo, temos obrigação de estar atentos a quem passa por nós: é Cristo que está passando. REFRÃO (Entre nós está e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos)

_ se a gente isolar as pessoas que nos rodeiam;

_ se a gente não enxergar as necessidades dos que passam por nós, dos que convivem conosco... com certeza estamos deixando escapar a ocasião de nos encontrarmos com Cristo: “Quem acolhe um desses pequeninos é a mim que acolhe, e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou”.

No entardecer da vida, quando formos convidados a deixar este mundo, ou a qualquer momento em que a morte vier nos buscar, para onde iremos? Caminharemos na direção de uma grande luz, o Cristo, que nos fará uma única pergunta: O que você tem pra me apresentar? Eu estava com fome, com sede; eu era estrangeiro, estava na prisão, não tinha roupa, estava doente, embriagado, drogado, desempregado... e você, me acudiu? REFRÃO (Entre nós está e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos)

Queremos naquele momento dar a Jesus a resposta positiva, cheia de amor... para isso, precisamos estabelecer encontros entre os homens;

_ encontros que promovem;

_ encontros que geram perdão;

_ encontros que respeitam o outro;

_ encontros que devolvam ao homem seu verdadeiro papel na obra da criação;

_ encontros que dão à pessoa humana a dignidade e a liberdade que Deus lhe deu.

Senhor, Deus e Pai, fazei-nos, sensíveis às necessidades dos outros e tornai-nos generosos para corrermos ao encontro deles

Que sejamos médico para suas feridas!

Solidários na suas busca da justiça!

Amigos e companheiros em suas horas de solidão e tristeza!

Fazei-nos enfim, imitadores fiéis do vosso amado filho Jesus Cristo, que por sua morte e ressurreição quis UNIR TODOS OS HOMENS.

Fonte: Celebrações para a Semana Santa, Luiz Miguel Duarte & Antônio Lúcio da Silva Lima & Sebastião Célio Pereira, Ed. Paulinas. 1989

 (VAMOS GUARDAR UNS INSTANTES DE SILÊNCIO E NOS ENCONTRAR INTERIORMENTE COM JESUS)

OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES – OFÍCIO DA QUARESMA (PÁGINA 547)

 

 QUINTA-FEIRA SANTA

EUCARISTIA: SACRAMENTO DO AMOR

SACRAMENTO 

EUCARISTIA quer dizer ação de graças. Ação graças ou agradecimento é a resposta que brota espontânea do homem diante da manifestação do amor de Deus na criação e na história humana.

Viver em atitude de ação de graças implica oferecer a Pai, por Cristo, as coisas criadas e a nossa própria pessoa. Cristo, na última ceia, realizou a eucaristia oferecendo sua vida ao Pai em sacrifício infinito e a todos os irmãos em comunhão de salvação.

Ele nos deixou o Corpo e o sangue  como alimento espiritual para que fosse repartido entre nós. Participar do banquete onde Cristo se faz nosso alimento é tomar parte na grande ação de graças que  Ele dá ao Pai. É celebrar a eucaristia por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Para reunir seu povo e presidir à Eucaristia, Cristo continua escolhendo servidores na sucessão do ministério apostólico. São bispos e padres em torno dos quais a comunidade se reúne. É a eles , em primeiro lugar, que Jesus recomenda fazer como ele fez, isto é, renovar os gestos concretos de serviço (lava-pés) através dos quais se manifesta o supremo ato do amor de Cristo ("amou-nos até o fim").

O sacerdócio ministerial e o sacerdócio comum dos fiéis, ambos participam,cada qual a seu modo, do único sacerdócio de Cristo. "Os fiéis em vista do sacerdócio régio, concorrem na oblação da Eucaristia e o exercem na recepção dos sacramentos, na oração e na ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa.

Fonte: Celebrações para a Semana Santa, Luiz Miguel Duarte & Antônio Lúcio da Silva Lima & Sebastião Célio Pereira, Ed. Paulinas. 1989

 

SEXTA-FEIRA SANTA

O SENTIDO DA VIDA E DAMORTE DE JESUS

JESUS

Após algumas horas de terríveis dores, Jesus morre na cruz.

Termina o trabalho dos executores do crime. O que se tem diante dos olhos é um homem morto. Cessam as agressões; os zombadores emudecem. Retiram-se os curiosos. A tristeza se instala no espírito dos amigos. Muitos discípulos não escondem a decepção (" Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel!").

Diante de  um crucificado,morto pela violência dos homens, calha bem o silêncio.

Silêncio e contemplação!

No íntimo de cada cristão um questionamento emerge: Qual é o sentido da morte de Jesus e que implicações traz para nossa vida?

 

OH MORTE ONDE ESTÁ TUA VITORIA?

CRISTO RESSURGIU! HONRA E GLÓRIA!